quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Aprendiz


A minha geração, dos anos 80, acompanhou de perto a transição do sinal analógico ao digital. Eu tinha vários discos de vinil quando criança. Lembro de como era trabalhoso para mim trocar de música, pois tinha que colocar bem em cima da lista. Mas adorava as capas dos discos gigantes, com fotos e pôsters dos artistas dentro das mesmas. Na adolescência, comecei a mexer na internet. Nunca vou me esquecer da felicidade dos primeiros e-mails recebidos, das salas de bate-papo, do ICQ. O primeiro celular chegou quase junto, era um Nokia preto, maior e mais pesado dos de hoje em dia.

Agora, já adulta, vejo a tecnologia avançar. Já estamos na era da TV e rádio Digital, do MP3, do touchscreen e blue tooth. E é certo que temos que acompanhar estas mudanças. É tão ruim não se sentir parte do mundo, não acompanhar as novidades. Aí que entra nossa eterna capacidade de aprender. Para mim, esta é uma das coisas mais extraordinárias que existem. A tecnologia pode avançar, as teorias e técnicas, mas nós, sempre poderemos aprender por mais velhos que sejamos.

Um dia perguntei com que idade minha médica tinha se formado, ela contou que tinha se formado após os 40 anos. A vó de um conhecido fez curso de datilografia depois dos 70 anos. Minha melhor professora de inglês trabalhou em um laboratório com ratos por anos, antes de aprender a ensinar línguas. Há uma infinidade de cursos de alfabetização para adultos e de informática para a terceira idade. Talvez, o esforço para aprender seja um pouco maior, mas que acabamos aprendemos, ah, isso não tem com o negar. Agora, com licença, vou ali tocar violão (que aprendi depois dos 20 anos).


- Na foto, uma senhora de 83 anos jogando baseball no videogame Wii da Nintendo.

Um comentário:

Luciano Freitas disse...

Interessante mesmo essa tua vizão e concordo que nunca é tarde para aprender(parece clichê né) nunca seremos bons para saber exata e totalmente as coisas da vida....
Parabéns pelo blog.