Quando não tenho um tema em mente, abro o Microsoft Word ou pego minha caneta e papel, e logo as palavras começam a surgir, a opinião, de repente, dá lugar a um vácuo que parecia existir. O texto logo preenche o branco do papel, e os sentimentos, sejam eles, de nostalgia, amor, decepção, dúvida ou entusiasmo vêm à tona. Tudo começa a fluir num instante único.
Crônica, segundo o dicionário, “é um tipo de texto jornalístico redigido de forma livre e pessoal”. A crônica, diferente de uma matéria jornalística, nem sempre trata de um fato, e quando o faz, mostra, mesmo que implicitamente, a opinião do autor. Não há regras, e sim, muita criatividade e estórias.
Foi na época do colégio que li a primeira crônica. Era da escritora Martha Medeiros, uma perita na arte de redigir sobre questões do cotidiano de uma forma envolvente. Em seguida, conheci os textos de Paulo Santana, Luiz Fernando Veríssimo e David Coimbra. E depois as do Jabor, Diogo Mainardi e Lia Luft. Cada um com seu estilo, seu jeito de abordar o tema e sua forma de prender o leitor.
Não está no Aurélio, mas crônica para mim, é uma forma de me expressar, de dividir questionamentos, vivências e opiniões. É na crônica que o leitor, de uma maneira ou de outra se percebe, se rebela, se esclarece, se questiona ou se emociona. Fico imaginando o leitor lendo e rindo, questionando, crescendo ou até chorando. Tantas emoções que umas pequenas linhas podem suscitar.
Uma vez me falaram que me exponho muito em minhas crônicas. Nem liguei, porque sei que esse é o (ínfimo) preço dessa atividade maravilhosa de “cronicar”.
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