O mercado de trabalho está ficando cada vez mais competitivo. Antigamente quem conquistava um diploma garantia um lugar ao céu, hoje que possui um diploma tem um lugar na fila para entrevista de emprego atrás, muitas vezes, de mais de mil pessoas.
- Priscila Almeida.
- Sou eu.
- Porque você quer este emprego?
Nessas horas meu estômago dava uma giro de 360 graus no interior de minha barriga.
Mas o pior é quando perguntavam:
- O que você gosta de fazer no tempo livre?
- Mmmmm, ler livros. (Que cara-de-pau eu sou!)
E acreditem, teve uma psicóloga que me perguntou se eu tinha namorado e o porquê de eu namorar com ele.
É claro que há respostas por trás destas perguntas que elas querem saber, que não são tão explícitas quanto parecem.
- Estou cursando jornalismo para entrevistar, e não ser entrevistada, queridinha, eu pensava.
- Quero este estágio para ter experiência, senão eu me formo sabendo só aquela teoria superficial da faculdade, “tá ligada”? Ah, também preciso do estágio para tirar uma graninha extra para ir ao cinema nos finais de semana.
É claro que eu não disse nada disso, mas como minto mal, passava por diversas entrevistas até achar alguém que não fazia tantas perguntas imbecis e me contratasse.
“O trabalho enobrece”, já dizia o ditado. E acredito que este seja universal. Trabalhando nos sentimos úteis, nos distraímos de nossos problemas, vimos o quanto somos capazes, nos desafiamos, crescemos e ganhamos o nosso próprio dinheiro. Sem precisar pedir ajuda para pai, mãe, irmão, vizinho ou dar explicação a alguém. Essa, eu diria que é a melhor parte. A liberdade que ganhar seu próprio ganha-pão lhe dá.
- Vamos viajar no feriadão?
- Vamos.
- Com o teu carro ou o meu.
- Tanto faz.
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