Mês que vem faço aniversário, mais precisamente, 25 anos. Quando tinha meus dez anos de idade, ficava pensando como eu seria quando completasse meus 25 anos. Imaginava como uma mulher poderosa, segura, inteligente, que saberia o que é ser gente grande e que lidaria bem com qualquer situação. No entanto, a menos de um mês para completar um quarto de século, percebo que não sei muito da vida e que tenho medo de um bocado de coisa e que tenho muitíssimo ainda a aprender sobre tudo.
Estava assistindo o filme “O Curioso caso de Benjamin Button”, e me chamou a atenção na parte em que Daisy está grávida de Benjamin e ele fica angustiado pelo fato de ser uma pessoa anormal, que ao invés de envelhecer, rejuvenesce, ou seja, nasce velho e morre bebê. Benjamin sabe que não poderá acompanhar a juventude de seu filho, já que ele será uma criança quando o filho for uma criança também. Diz a sua esposa que ela não merece cuidar de duas crianças ao mesmo tempo. Ao que a mesma responde algo como:
- Não se preocupe afinal somos todos, no fundo, crianças com fraldas.
Em uma entrevista realizada no início do ano pela Protec – Sociedade Brasileira Pró – Inovação Tecnológica, com a AEB - Associação de Comércio Exterior do Brasil, o presidente da AEB, José Augusto de Castro afirma que 65% do que o Brasil exporta são commodities e que a China exporta hoje 93% de produtos manufaturados, ou seja, ela tem uma política de exportação voltada para produtos de maior valor agregado. A Índia exporta cerca de 80% de produtos manufaturados.
Quanta gente não pensava que o Brasil, com seus mais de cinco séculos de trajetória, ainda seria um país com muitas características coloniais, exportando matéria-prima. “Quem exporta este tipo de produto não tem nenhum controle sobre o preço da mercadoria, nem sobre a quantidade que vai ser exportada. O preço das commodities é definido pelo mercado internacional, através de bolsa de mercadorias ou da lei da oferta e demanda. Ou seja, o Brasil é totalmente dependente do mercado externo”, diz Castro. E eu diria a ele sobre o nosso país:
- Não se preocupe afinal somos todos, no fundo, um país com fraldas.
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