Hoje fui na Feira do Livro de Uruguaiana, que por sinal, evoluiu muito desde quando saí da cidade para morar em POA, em 2002. Tem mostra de arte, apresentações de dança, música, além de livros. Porém, voltei para casa bem chateada por não ter encontrado um único livro sobre assessoria de imprensa, a área em que estou trabalhando no momento.
Lembrei quando eu morava na capital e ía na Feira do Livro de lá. Dez vezes maior que a da minha cidade natal. Com diversas atrações e livros de todos os gêneros, preços, cores e editoras. Centenas de bancas, balaios, pipoca e muita, muita gente.
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É quase impossível não comparar uma cidade grande de uma pequena depois que tu mora bons anos nas duas. Em Porto Alegre a vida cultural, de novidades e estudos é mais ativa, borbulha. Foi lá que me veio muita inspirações para escrever neste blog e para formar ou deformar minha opinião sobre muitas coisas. Realmente foi bem importante viver uns tempos lá.
"Mas o bom filho sempre à casa retorna".
E voltei a minha terrinha Uruguaiana. Fronteira com a Argentina, banhada pelo rio Uruguai. E não paro de comparar com a cidade grande.
O que Uru tem de melhor?
Mais segurança, mais intimidade com as pessoas, mais tranqüilidade nas ruas e no trânsito. Músicas em espanhol nas festas. Uma inocência de cidade pequena. Muitas coisa legais.
Mas para mim o que mais importa aqui é que é nesta terra que estão minhas raízes e história, minha família e pessoas que me conhecem desde que cheguei no mundo. E é isso que vim buscar aqui. Reencontrando meu passado e as pessoas que fazem parte dele, eu me encontro.
domingo, 30 de novembro de 2008
sábado, 22 de novembro de 2008
Influências
Sempre fui uma pessoa influenciável. Sempre estava atenta às revistas de moda para ver o que ía ser a onda da estação. Gostava de saber o que estava se ouvindo, falando, usando, pensando. Às vezes minha irmã ou amigas me convidavam para fazer algo, eu nem pensava duas vezes e fazia, pelo simples fato de sair de casa e estar acompanhada de pessoas queridas, porém, ao ir ao shopping sem dinheiro ou àquela festa nada a ver, eu me dava conta que era influenciável demais.
Pois é, desde que saímos do útero de nossas mamaezinhas estamos sendo influenciados a falar a língua deles, a chamá-los de pai e mãe... é acho que estou exagerando com este papo né?
Mas o mais impressionante nisso tudo é quando influenciamos, sem saber, para o bem ou para o mal.
Pois é, desde que saímos do útero de nossas mamaezinhas estamos sendo influenciados a falar a língua deles, a chamá-los de pai e mãe... é acho que estou exagerando com este papo né?
Mas o mais impressionante nisso tudo é quando influenciamos, sem saber, para o bem ou para o mal.
Eu fiz um curso de 4 meses de inglês no Canadá de abril a setembro deste ano morei lá. Nossa sala de aula tinha umas 15 pessoas, entre japoneses, chineses, koreanos, africanos, latio-americanos, etc. As idades também variavam, havia pessoas de 18 a 45 anos estudando juntos. Nós fazíamos apresentações e trabalhos em grupo, cada um com seu sotaque.
No último dia de aula fiquei muito triste, pois dentro de um mês voltaria ao Brasil e nunca mais veria meus colegas que adorava tanto. Comecei a chorar ao me despedir do pessoal. A Lubna, uma sudonense, chorou comigo e não entendi por queê, pois pelo o que eu sabia, ela não iria embora como eu, e nem éramos tão íntimas assim.
Ela falou a mim chorando: "Vi que em nossa sala de aula tem pessoas graduadas, uma jornalista (eu) e um médico. Daí vi que posso também". Agora sim tinha entendido por que ela chorava, era porque eu e outro colega a impulsionamos, influenciamos, sem saber, a ela seguir os seus sonhos.
Fiquei muito feliz naquele momento e perguntei a ela o que ela tinha vontade de fazer. Ela respondeu que gostaria de trabalhar com algo social para depois ajudar as crianças de seu país, o Sudão.
Este foi um dos momentos mais marcantes da minha viagem, nunca esquecerei.
No último dia de aula fiquei muito triste, pois dentro de um mês voltaria ao Brasil e nunca mais veria meus colegas que adorava tanto. Comecei a chorar ao me despedir do pessoal. A Lubna, uma sudonense, chorou comigo e não entendi por queê, pois pelo o que eu sabia, ela não iria embora como eu, e nem éramos tão íntimas assim.
Ela falou a mim chorando: "Vi que em nossa sala de aula tem pessoas graduadas, uma jornalista (eu) e um médico. Daí vi que posso também". Agora sim tinha entendido por que ela chorava, era porque eu e outro colega a impulsionamos, influenciamos, sem saber, a ela seguir os seus sonhos.
Fiquei muito feliz naquele momento e perguntei a ela o que ela tinha vontade de fazer. Ela respondeu que gostaria de trabalhar com algo social para depois ajudar as crianças de seu país, o Sudão.
Este foi um dos momentos mais marcantes da minha viagem, nunca esquecerei.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Chora menina
Naquele dia, voltando para casa abaixo de uma chuva no final da tarde, ela resolvera chorar todas as lágrimas que não derramara no passado.
Abrira o baú das mágoas, traumas e tristes recordações e o recordara cara-a-cara, colocando uma lanterna no fundo das emoções.
Só parou de chorar na manhã do outro dia, quando os passarinhos cantaram perto da árvore que fica próxima ao seu quarto.
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