quinta-feira, 19 de julho de 2007
Prece
Eliana sai do seu quarto rumo à cozinha e depara com Eugênia orando na sala, onde há um santuário.
-Eugênia, o que você está fazendo??
-Deus não ouve minha preces, onde el foi parar?
- Olha, no Rio de Janeiro ele não está, com todas as balas perdidas e desigualdades sociais que têm por lá. Mas ele pode estar em Salvador, com este frio aqui do RS, nem ele deve aguentar! Mmmmm, pensando bem, no Brasil acho que ele não está, não... corrupção, acidentes, homicídios. No Iraque, por razões óbvias , ele não está. Nos EUA, argh, com Bush por lá, Deus não deve querer seus pés angelicais naquele território. Na Argentina, Deus nem tem ido mais depois que ele deu aquela ajuda ao Boca Júniors. Acho que ele está na China, um país em ascensão econômica, com pessoas diciplinadas e trabalhadoras.
Eugênia olhava Eliana com olhos arrregalados. Ligou para a agência de viagens a fim de comprar uma passagem para a China, mas lembrou-se do acidente em São Paulo,onde teria de pegar outro avião em Congonhas, e desligou o telefone na cara da telefonista.
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Eu vou...
Hoje vou para Uruguaina, vou ver a família, pai, madrasta, mãe , padrasto. Tia, madrinha, prima, afilhada, o Bob e o Billy, a Tita, a rua que morei durante 17 anos, a fachado do prédio.
Vou ver a Praça do Barão mais bonita que antigamente, vou ver o prédio que o pai morava, que eu e a Pan achávamos o máximo, descascando todo por fora.
Vou comer espetinho de queijo no Bodega, Vou comer doce da vó Circe e pastelão de frango da vó Nena, vou comer comida de Libres , vou comer comida do aniversáio da vó Nena. Vou comer no restaurante da Denise.
Vou andar de carro e passar pela ponde e ver o rio Uruguai, o vento vai bater no meu rosto e o sol vai brilhar ao se pôr.
Vou falar com as amigas do colégio contar as novidades as expectativas, a vida na capital.
Vou comprar roupas em Libres, vou pagar as contas atrasadas no caixa eletrônico, vou passar pelas vitrines das lojas e estabelecimentos novos.
Vou rir, vou descansar e matar as saudades, e depois de quase 48 horas pegar o bus de volta e começar tudo de novo.
Vou ver a Praça do Barão mais bonita que antigamente, vou ver o prédio que o pai morava, que eu e a Pan achávamos o máximo, descascando todo por fora.
Vou comer espetinho de queijo no Bodega, Vou comer doce da vó Circe e pastelão de frango da vó Nena, vou comer comida de Libres , vou comer comida do aniversáio da vó Nena. Vou comer no restaurante da Denise.
Vou andar de carro e passar pela ponde e ver o rio Uruguai, o vento vai bater no meu rosto e o sol vai brilhar ao se pôr.
Vou falar com as amigas do colégio contar as novidades as expectativas, a vida na capital.
Vou comprar roupas em Libres, vou pagar as contas atrasadas no caixa eletrônico, vou passar pelas vitrines das lojas e estabelecimentos novos.
Vou rir, vou descansar e matar as saudades, e depois de quase 48 horas pegar o bus de volta e começar tudo de novo.
Nena
Daqui algumas horas estou indo para minha cidade natal, Uruguainha, fronteria com a Argentina. Cidade com cerca de 200 mil habitantes, onde a base econômica é a pecuária, opa.... peraí! Isso está parecendo assunto de jornalista. Influências da labuta diária...
Então, hoje vou para passar o final-de-semana por "Uruguacity", por causa dos 90 anos da minha bisavó. A família resolveu fazer uma festa para comemorar esta data importantíssima.
Izaltina Gonçalves Silveira é uma raridade, superou os acontecimentos, as mortes de outros familiares, a vinda para cidade (passou a infância no campo), a mudanças do século e continua lá nos Pampas, firme e forte. Ela deve ter um metro e meio de altura, e me confessou que não esperava chegar a esta idade. "Quando eu era jovem eu sempre falava que não queria chegar a tanta idade". mas chegou! Aham, a vida lhe aprontou esta, e mesmo deparando com o rosto cheio de rugas, marcado pelos anos de vida e pela experiência, não reclama.
Está sempre tranqüila, no máximo resmunga, mas nunca vi ela perder a cabeça, ser grosseira ou algo do gênero.
Um dia Nena, como é chamada, me mostrou seu album de fotografia, com fotos de seus pais e seu marido, que se foi há tempo, e nem conheci. Ela mostrava cada fotografia e ia me contando como se tivesse sido ontem aquilo tudo. Ela demonstrou grande orgulho e amor pelo marido, e fiquei ali admirando ela narrar sua vida através das fotos. Acho que ela também gostou de relembrar os velhos e bons momentos e me surpreeendi como ela guardava na memória tantos acontecimentos antigos com brilho no olhar e como era intenso os sentimentos dela pela família e marido.
Não sei se tem uma fórmula para viver bastante, mas vejo que os que chegam na casa dos 90 e 100 como Dercy Gonçalves, chegam porque tinham que chegar, não fizeram grandes esforços para isso. Apenas viveram sem se preocupar com o dia de amanhã.
Parabéns Vó Nena, pelos 90 anos!
Então, hoje vou para passar o final-de-semana por "Uruguacity", por causa dos 90 anos da minha bisavó. A família resolveu fazer uma festa para comemorar esta data importantíssima.
Izaltina Gonçalves Silveira é uma raridade, superou os acontecimentos, as mortes de outros familiares, a vinda para cidade (passou a infância no campo), a mudanças do século e continua lá nos Pampas, firme e forte. Ela deve ter um metro e meio de altura, e me confessou que não esperava chegar a esta idade. "Quando eu era jovem eu sempre falava que não queria chegar a tanta idade". mas chegou! Aham, a vida lhe aprontou esta, e mesmo deparando com o rosto cheio de rugas, marcado pelos anos de vida e pela experiência, não reclama.
Está sempre tranqüila, no máximo resmunga, mas nunca vi ela perder a cabeça, ser grosseira ou algo do gênero.
Um dia Nena, como é chamada, me mostrou seu album de fotografia, com fotos de seus pais e seu marido, que se foi há tempo, e nem conheci. Ela mostrava cada fotografia e ia me contando como se tivesse sido ontem aquilo tudo. Ela demonstrou grande orgulho e amor pelo marido, e fiquei ali admirando ela narrar sua vida através das fotos. Acho que ela também gostou de relembrar os velhos e bons momentos e me surpreeendi como ela guardava na memória tantos acontecimentos antigos com brilho no olhar e como era intenso os sentimentos dela pela família e marido.
Não sei se tem uma fórmula para viver bastante, mas vejo que os que chegam na casa dos 90 e 100 como Dercy Gonçalves, chegam porque tinham que chegar, não fizeram grandes esforços para isso. Apenas viveram sem se preocupar com o dia de amanhã.
Parabéns Vó Nena, pelos 90 anos!
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